Fichamento II

FICHAMENTO

ALMEIDA, Maria E. B. de. Gestão de tecnologias na escola. Tecnologia e Educação:Novos Tempos Outros Rumos. Brasília, MEC, SEED, 2002. Disponível em: http://www.eadconsultoria.com.br/matapoio/biblioteca/. Acesso em março 2013.

Resumo:

A autora defende o uso das tecnologias na escola, principalmente pelo poder das TICs de promover integração entre gestores, professores e alunos. Cita algumas dificuldades (condições físicas, formação adequada dos docentes, etc.) que ainda estão sendo superadas para que o uso pedagógico das tecnologias seja inserido em todo o contexto escolar, proporcionando uma formação mais completa e humanamente desenvolvida.

Ressalta que papel do gestor não se restringirá ao de prover condições para o uso efetivo das TIC na escola, mas também de gerir pedagogicamente e administrativamente todo o sistema tecnológico e informacional, o que permitirá uma visão do todo da escola, afinal o uso de tecnologias disponibilizam para os gestores informações que lhes permitem identificar problemas, buscar novas alternativas e soluções, acompanhar em nível macro as ações desenvolvidas nos âmbitos administrativo e pedagógico e etc.

Finaliza relatando uma experiência de formação de gestores de escolas públicas para a incorporação das TIC na escola, realizada pela parceria entre o  ProInfo e as universidades e secretarias estaduais de educação.

Citações principais do texto:

 “Há que se empregar nas ações de hoje todos os recursos disponíveis, inclusive as TIC, tendo em vista a criação de comunidades colaborativas, que propiciem a criação de suas próprias redes de conhecimentos, cuja trama ajuda a construir uma sociedade solidária e mais humanitária. O fator primordial para a criação de comunidades e culturas colaborativas de aprendizagem, intercâmbio e colaboração é a qualidade da interação, quer presencial ou a distância, cuja criação poderá viabilizar-se a partir da formação continuada e em serviço do educador.” (p.02)

“Assim, as TIC podem ser incorporadas na escola como suporte para: a comunicação entre os educadores da escola, pais, especialistas, membros da comunidade e de outras organizações; a criação de um fluxo de informações e troca de experiências, que dê subsídios para a tomada de decisões; a realização de atividades colaborativas, cujas produções permitam enfrentar os problemas da realidade; o desenvolvimento de projetos inovadores relacionados com a gestão administrativa e pedagógica; a representação do conhecimento em construção pelos alunos e respectiva aprendizagem.” (p.03).

“A incorporação das TIC na escola vem se concretizando com maior frequência nas situações em que diretores e comunidade escolar se envolvem nas atividades como sujeitos do trabalho em realização, uma vez que o sucesso desta incorporação está diretamente relacionado com a mobilização de todo o pessoal escolar, cujo apoio e compromisso para com as mudanças envolvidas nesse processo não se limitam ao âmbito estritamente pedagógico da sala de aula.” (p.04)

“O uso das TIC na gestão escolar permite: registrar e atualizar instantaneamente a sua documentação; criar um sistema de acompanhamento e participação da comunidade interna e externa à escola por meio de ambientes virtuais; definir metodologias de avaliação adequadas e compatíveis com critérios democráticos e participativos; trocar informações e experiências com a comunidade, identificando talentos e potencialidades que possam contribuir com a evolução conjunta de problemáticas tanto da escola como da comunidade; discutir e tomar decisões compartilhadas.” (p.07).

“Anuncia-se um novo tempo, cabendo a cada educador, seja gestor ou professor, participar de processos de formação continuada e em serviços que criam a oportunidade de formação de redes colaborativas de aprendizagem apoiadas em ambientes virtuais para encontrar, no coletivo da escola, o caminho evolutivo mais condizente e promissor de acordo com a identidade da escola e com o contexto em que se encontra inserida.” (p.10).

Comentários:

 O uso das TIC na escola juntamente com o acesso a internet permitem uma enorme evolução no processo educativo. A criação de espaços para trocas entre gestores, professores e alunos mantém o corpo escolar atualizado e em constante diálogo, em busca das melhores soluções para o enfrentamento de problemas diários, além disso, permite romper com os muros da escola tornando-a mais democrática e flexível.

Uma maior participação social e também o estreitamento entre a relação escola-família é fundamental para uma formação mais completa e humanizada dos nossos alunos.

Como professora de um CEF de Ceilândia, compreendo a importância do enquadramento da escola à realidade da região, que ela esteja apta a atender as necessidades locais, garantindo uma formação de qualidade para os alunos, tornando-os ativos no próprio processo e aptos a inserção social seja no ensino superior ou mercado de trabalho.

O uso das TIC na escola podem permitir aos nossos alunos contato, utilização e domínio sobre tais conhecimentos (tecnológicos) tão presentes no nosso dia a dia. Mas para que estas tecnologias sejam implantadas na escola é preciso garantir que haja espaço, condições físicas e materiais, formação adequada para os docentes desenvolverem projetos e além de tudo gestores que conheçam e invistam em ambientes informatizados.

Cabe a nós, portanto, futuros gestores o papel de criar oportunidades de formar redes colaborativas de aprendizagem, assim como temos feito por meio do blog e fóruns e é claro utilizando-nos de muitas outras formas, visando um futuro melhor para nossa escola e também melhor formação para os alunos dentro do contexto no qual estão inseridos.

Questionamentos:

Qual a melhor forma de utilizar as TIC no processo pedagógico, visando uma formação mais ampla e qualificada para o aluno de forma a inseri-lo socialmente no mercado de trabalho ou universidade, levando-se em conta a atual realidade da maioria das escolas? Obs: Refiro-me à falta de condições físicas, materiais e de profissionais que possam atender ao enorme quantitativo de alunos que temos atualmente.